30 de setembro de 2014

Aborto e o Grupo de Mães



Trascrevo uma reflexão (com adaptações) que fiz em um desses Grupo de Mães do Facebook, em diálogo sobre a questão do aborto.

O nome desse grupo é MÃES de Brasília. Todas nós celebramos a existência dos nossos filhos a partir do primeiríssimo momento em que soubemos que seríamos mães. Toda a equipe médica se dirigia a nós como mães desde o exame de sangue até a 1ª ecografia. Se houve a concepção, há vida, a mulher não é apenas mulher, mas passou a ser mãe. Nunca vou entender como a compreensão da maternidade pode mudar de acordo com as circunstâncias. Como um coração de mãe pode escolher entre um filho e outro assim? Eu simplesmente não entendo. Eu tenho 4 filhos, NUNCA seria capaz de escolher qual deles eu queria vivo ou morto. Pergunte a algum menino abandonado se ele prefere viver ou se você pode matá-lo para que ele não sofra. Existem os dilemas éticos mas NÃO EXISTE SOLUÇÃO FÁCIL PARA PROBLEMA DIFÍCIL. Discriminalização do aborto não é a solução. Mulheres morrem fazendo aborto ilegal? Triste realidade... Mas a melhor solução que se apresenta é legalizar o que é ilegal para resolver a questão? Por essa lógica então devemos legalizar o tráfico de drogas por que tem matado nossa juventude pelo consumo e pela comercialização ilegal? Não é uma solução inteligente e aceitável. No Brasil a pena de morte é proibida, cláusula pétrea da Constituição. Que eu saiba não há no código penal pena de morte quando seu pai é um estuprador (nem pro pai nem pro filho!). Direito da mulher sobre seu corpo? Não é difícil averiguar a informação de que desde o 1º segundo da concepção o óvulo fecundado tem um DNA absolutamente diferente do da mãe e do pai, é um terceiro indivíduo que sim, depende da mãe para se desenvolver, mas não pode ser classificado como um órgão da mãe ou um tumor. Nós, como mães, sabemos que esse indivíduo continuará em estado de "potência" e dependência por longos e longos anos, mas é um indivíduo, um ser humano, e eu acredito (e me permitam dizer pois graças a Deus vivemos num país laico e democrático), um FILHO DE DEUS, que consigo traz vida e promessas...
Aborto não apaga a maternidade da história da mulher, apenas faz dela a mãe de um filho morto. E só quem é mãe de um filho que morreu conhece essa dor. Quem é a favor do aborto, convido para conhecer comigo o grupo que acompanho de MÃES que abortaram (por variados motivos e aqui ao meu ver não cabe julgamento nosso) e ver com os próprios olhos o que o aborto faz com uma mulher, com sua vida, sua história, sua alma e seu coração... Muitas retiram seus filhos de suas vidas num momento de desespero e falta de apoio (inclusive do Estado!) mas eles jamais saem de suas cabeças, de suas almas, de seus corações... O impedimento desses filhos de se desenvolverem e nascerem, não faz com que eles não tenham existido e esse fato é uma tragédia no ser sensível de uma mulher, ou melhor, de uma mãe! Mata-se um filho e, embora continue a viver, sepulta-se para sempre uma mãe. Como legalizar a possibilidade de tamanha tragédia?
“Ah! Quem não é a favor do aborto que não faça um!” Quanta miséria intelectual, moral e espiritual nesse tipo de pensamento! Quanta superficialidade para tratar de um assunto tão denso e complexo! Como se a descriminalização do aborto fosse uma questão de foro íntimo e não abrangesse a instituição familiar e o tipo de sociedade que pretendemos construir e o próprio entendimento do que é a dignidade humana!
Em nosso país as pessoas não tem o direito de decidir a respeito da vida ou da morte de quem quer que seja, nem mesmo a Justiça pode decidir isso. A Mãe não pode decidir se o filho poderá continuar vivendo ou não por qualquer motivo que ela alegue. Nem mesmo se o feto (ou qualquer pessoa) matasse ou roubasse nem a mãe nem ninguém em nosso país poderia decidir por sua vida ou por sua morte. Ponto. Um feto na barriga de sua mãe já está com vida, embora ainda dependa dela para continuar vivendo.

17 de setembro de 2014

Carta de Jesus para você


Eu escrevo da minha cruz à sua solidão. A você, que tantas vezes olhou para mim sem me ver e me ouviu sem me escutar. A você, que tantas vezes prometeu me seguir de perto e, sem saber por quê, se distanciou das pegadas que lhe deixei no mundo para que você não se perdesse.
 
A você, que nem sempre acredita que estou ao seu lado, que me procura sem me achar e às vezes perde a esperança em me encontrar. A você, que de vez em quando pensa que eu sou apenas uma lembrança e não compreende que estou vivo.
 
Eu sou o começo e o fim; sou o caminho para você não se desviar, a verdade para que você não erre, e a vida para que você não morra. Meu tema favorito é o
amor, que foi minha razão para viver e para morrer.
 
Eu fui livre até o fim; tive um ideal claro e o defendi com o meu sangue para salvar você. Fui mestre e servidor, sou sensível à amizade e há muito tempo espero pela sua.
 
Ninguém como eu conhece sua alma, seus pensamentos, seu proceder, e sei muito bem quão grande é o seu valor. Sei que talvez sua vida pareça pobre aos olhos do mundo, mas sei também que você tem muito para dar, e tenho certeza de que, dentro do seu coração, há um tesouro escondido: conheça-se e então você reservará um lugar para mim.
 
Se você soubesse quanto tempo faz que bato à porta do seu coração e não recebo resposta! Às vezes sofro quando você me ignora e me condena, como Pilatos; também sofro quando você me nega, como Pedro; e quando me trai, como Judas.
 
Hoje, eu lhe peço que se una à minha dor, que carregue sua pequena cruz junto à minha. Peço-lhe paciência com relação aos seus inimigos, amor ao seu cônjuge, responsabilidade com seus filhos, tolerância com os idosos, compreensão com seus irmãos, compaixão pelo que sofre, serviço com todos, assim como eu vivi e lhe ensinei.
 
Eu não gostaria de voltar a vê-lo egoísta, rebelde, inconformado, pessimista. Gostaria que sua vida fosse alegre, sempre jovem e cristã. Cada vez que você desanimar, procure-me e me encontrará; cada vez que você se sentir cansado, converse comigo, conte-me seus problemas.
 
Cada vez que você achar que não serve para nada, não se deprima, não se ache inferior, não se esqueça de que precisarei da sua pequenez para entrar na alma do seu próximo.
 
Cada vez que você se sentir sozinho na estrada, não se esqueça de que estou com você. Não se canse de me pedir, que eu não me cansarei de lhe dar; não se canse de me seguir, que eu não me cansarei de acompanhar você.
 
Nunca o deixarei sozinho.
 
Fonte: Oleada Joven

14 de setembro de 2014

Eu amo a mensagem da Cruz


Na festa da exaltação da Santa Cruz, recordo das palavras sábias do meu pároco na homilia: "A meditação da Cruz de Cristo deve nos remeter à meditação das nossas próprias cruzes". Em dias em que usar a cruz leva pessoas a perderem o emprego ou literalmente a cabeça, as palavras de São Paulo são cada vez mais verdadeiras e atuais: "A linguagem da cruz é LOUCURA para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina." (1 Cor 1, 18) 
Loucura. O mundo considera a Cruz loucura, morte, fracasso, ficção, exagero, desnecessária, dispensável, ofensiva. Ateus e outras denominações religiosas se ofendem em ver uma cruz em local público, não aceitam o que consideram um proselitismo desrespeitoso a laicidade do país. A Cruz é considerada cafona, fanatismo, falta de instrução ou inteligência. O mundo rejeita a Cruz e seu simbolismo com toda hostilidade. 
Bom, nosso país ainda é uma democracia, graças a Deus não é um país ateu (nem por seu povo nem por sua Constituição) e não se pode ignorar que é um país massivamente cristão. Enquanto cidadã brasileira eu tenho o direito de me expressar religiosamente e quero pedir licença: eu me prosto sob a Cruz de Cristo. Eu a uso, eu a tenho em minha casa, eu a quero em locais públicos. Faço questão que minha voz seja ouvida, faço questão de não ser ignorada. É um símbolo de fé, símbolo da religiosidade de milhões de compratiotas, recordação de uma acontecimento histórico relevante mundialmente (isso é inegável!), símbolo do que a falta de uma justiça imparcial pode fazer com os homens. 

4 de setembro de 2014

Oração para pedir a paz na Família

Quando a família está bem, o país está bem; quando o país está bem, a grande comunhão humana vive em paz. (LÜ BU WE, filósofo chinês).